Relações étnico-raciais: percepção dos professores de duas escolas municipais de Feira de Santana
Palavras-chave:
Relações étnico-raciais, Educação, Educação InfantilResumo
A presente pesquisa pretende contribuir com o rompimento das epistemologias eurocêntricas tidas como universais e absolutas e lançar olhares para conhecimentos outros no meio escolar, com vistas a ampliar o nosso entendimento e de outros sobre como as escolas têm se colocado na luta contra o racismo, visto que reconhecemos, que é na educação infantil onde se inicia o processo de socialização e dentro desse processo muitos estereótipos racistas são ensinados e levados até a vida adulta. Foi realizada na Creche Municipal Maria de Lourdes Pellegrini Freitas Silva e na Escola Pequena Thamy de Educação Infantil no município de Feira de Santana com os objetivos de compreender as implicações da educação para as relações étnico-raciais em escolas municipais de educação infantil, e identificar o que os professores sabem, como trabalham e como agem diante de situações de racismo dentro do ambiente escolar para a desconstrução dos estereótipos racistas construídos ao longo de nossa história. E, buscamos fundamentá-la a partir dos estudos de Gomes (2012, 2017), Libâneo (2005), Brandão (2007), Torres (2007), Oliveira e Candau (2010), Walsh (2001), Cavalleiro (2000, 2001), entre outros. Para a coleta dos dados optamos pela entrevista estruturada e em relação a compreensão emergiu que a atuação e formação dos professores são aspectos cruciais para novos olhares em relação a educação para as relações étnico raciais na educação infantil.
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